Deputado do dinheiro na meia não pedirá nova licença e volta a comandar a Câmara Legislativa na segunda

O deputado Leonardo Prudente (sem partido) decidiu que não pedirá licença da presidência da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A decisão foi comunicada em uma reunião com membros da Mesa Diretora nesta sexta-feira (8). A informação foi divulgada pelo deputado Cabo Patrício (PT). O deputado pediu um parecer à Procuradoria da Casa que afirmou que a volta dele, mesmo antes do prazo determinado pela primeira licença, é válida. Prudente volta a comandar a Casa a partir desta segunda-feira (11).


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Prudente, que aparece em um dos vídeos da operação Caixa de Pandora guardando dinheiro na meia havia pedido licença da presidência da Casa no dia 1º de dezembro de 2009, por 60 dias. Mas menos de um mês depois, o Diário Oficial da Câmara publicou a volta do deputado ao cargo.

Com a decisão de Prudente, a bancada do PT deve encaminhar ao plenário da Câmara um requerimento pedindo o afastamento de Prudente. Segundo a deputada petista Érika Kokay, Prudente não tem condições de comandar o trabalho da Casa durante a investigação do suposto esquema de pagamento de propina dentro do governo do DF.

- A volta do deputado Leonardo Prudente é uma manobra do governo. A volta dele se deu de forma ilegal. É inadmissível que a Câmara Legislativa do Distrito Federal tenha na presidência uma pessoa que está envolvida nas suspeitas.

A deputada aposta no constrangimento dos deputados para conseguir aprovar o requerimento, já que a votação é aberta. O requerimento deve ser apresentado na segunda-feira (11), na reabertura dos trabalhos da Casa. Ele terá que ser votado pelos 24 deputados e deve ser aprovado por maioria simples.

Porém, de acordo com Prudente, o requerimento só poderá ser julgado no dia 2 de fevereiro, quando a Câmara retoma oficialmente os trabalhos. Os deputados da Câmara Legislativa aprovaram em dezembro a autoconvocação para a apuração dos pedidos de impeachment contra o governador e das denúncias contra deputados citados na Operação Caixa de Pandora.