sábado, 9 de janeiro de 2010

Governo angolano condena atentado aos togoleses e garante realização da CAN

Em comunicado oficial, o governo angolano condenou o que chamou de “ação terrorista” o incidente no qual o ônibus que levava a delegação do Togo foi metralhado . O atentado aconteceu no trecho rodoviário entre Bicongolo e Chiculu, na província de Cabinda, próximo da fronteira com a República do Congo.

Segundo a Federação Togolesa de Futebol, nove membros da delegação (incluindo os jogadores Kodjovi Obilalé e Serge Akakpo) foram feridos com os tiros. O motorista do ônibus não suportou os ferimentos e morreu. A Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) assumiu a autoria do ataque na região, que vive em conflito pela independência de Angola.



VEJA A TABELA COMPLETA DA COPA AFRICANA DE NAÇÕES




Akakpo, jogador do Vaslui, da Romênia, e o goleiro Obilalé, do francês Pontivy: os feridos - O governo angolano condena veemente a ação ignóbil, lamenta a existência de vítimas e reitera o seu total engajamento na garantia de segurança para que a realização da Copa Africana de Nações, que se afirma como um grande evento esportivo e uma manifestação de amizade e solidariedade entre os povos africanos - afirmou o ministro da Comunicação Social, Manuel Rabelais.

Rabelais informou também que o grupo da FLEC que realizou a ação terrorista era proveniente da República do Congo para onde regressou após a consumação do atentado.

Assim como os dirigentes da Confederação Africana de Futebol garantiram a realização da Copa Africana de Nações, o ministro da Juventude e Esporte, Gonçalves Muamdumba, também afirmou que o ataque à delegação do Togo não vai afetar a organização e a segurança do torneio.

- Foi um incidente lamentável, vão ser apuradas as responsabilidades, mas reafirmamos que tudo continua. Continuamos a trabalhar, estamos serenos dentro do programa estabelecido de realizar a nossa atividade para que, no domingo, no tempo previsto, comece a Copa - declarou o ministro da Juventude e Esporte, Gonçalves Muamdumba.

Viatura com jornalistas foi atingida por disparos

O grupo de elementos da FLEC que metralhou a seleção do Togo que viajava para a cidade de Cabinda, atingiu também viaturas nas quais seguiam jornalistas das Edições Novembro, que publica os dois únicos diários do país, o “Jornal de Angola” e o “Jornal dos Desportos”. O ataque durou 15 minutos e provocou 12 feridos, que foram transportados para o Hospital 28 de Agosto onde estão a receberam assistência médica.



A província de Cabinda não faz fronteira com o restante de Angola e possui grupo separatista O território de Cabinda é uma das 18 províncias de Angola, mas não pertence fisicamente à área do país. O local fica entre a República Democrática do Congo (ex-Zaire) e a República do Congo. A região é rica em petróleo e é assolada por um conflito separatista desde a independência angolana, em 1975.



Segundo o "Jornal Digital", de Angola, a resistência de Cabinda, denominada FLEC (Frente de Libertação do Estado de Cabinda), já havia alertado em diversas ocasiões que poderia haver falta de segurança para as equipes que se deslocariam à província durante o torneio. A FLEC assumiu a autoria do atentado às forças militares angolanas que faziam a escolta da seleção de Togo.



- A situação de guerra é uma realidade em Cabinda e qualquer estrangeiro poderá ser uma vítima - teriam dito os líderes da FLEC.

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